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BH X TIFANY
HUOT-MARCHAND

ATÉ QUE PONTO É CAPAZ DE LUTAR?
com Tifany Huot-Marchand

Provavelmente muito mais do que imagina.
Só em situações extremas é que se pode ver aquilo de que se é realmente capaz. Tifany Huot-Marchand pode dizer muito sobre isso.

Durante anos, deu tudo de si para brilhar no desporto profissional e chegar ao topo. Disciplina, perseverança, capacidade de sofrer, dedicação... certamente que Tifany acreditava que estava a levar a sua mente e o seu corpo ao limite para brilhar no topo do desporto. Mas... o que acontece quando se tem de enfrentar algo muito mais complicado do que a luta por uma medalha na Taça do Mundo?

Um acidente grave deixou-a numa cadeira de rodas. Foi então que se apercebeu que ainda podia ir mais longe do que alguma vez tinha ido. Tudo para atingir o objetivo de voltar a andar. E não só o conseguiu, como hoje é embaixadora da BH e tem uma longa lista de desafios para enfrentar depois de vencer a corrida mais importante da sua vida.

A história desportiva de Tifany é curiosa. Chegou à explosiva modalidade de patinagem Short-Track quase por acaso. Nem sequer andava de skate quando chegou a um clube local perto de casa, incentivada pelo vizinho. A patinagem fisgou-a completamente. Mas porquê a disciplina de Short-Track? “Neste desporto, o que me agrada é a velocidade, claro. Mas também o empenho, a estratégia, a tática, as corridas!”

Rapidamente viram que Tifany tinha talento. Foi o início de uma carreira desportiva meteórica. O primeiro ano na equipa marcou a minha vida. Passei de treinar duas vezes por semana para treinar duas vezes por dia. E estava a 900 km de distância da minha família. Muitas coisas mudaram, uma vida nova!" Não só uma nova vida, mas uma vida num lugar tão exigente como o desporto profissional. Os seus números falam por ela.

“Durante 13 anos, participei em todas as Taças do Mundo, Campeonatos de França, Europeus e Mundiais. E também participei em dois Jogos Olímpicos. Sempre tive orgulho em vestir as cores de França. "

Foi campeã europeia e vice-campeã do mundo."A sensação de completar uma corrida e ganhar uma medalha é indescritível para mim".

Com tantos anos a competir ao mais alto nível, é comum sentir que se tem sempre a situação sob controlo. Afinal, são milhares de horas de preparação e centenas de competições onde se acumula experiência. Mas na vida tudo pode mudar numa questão de segundos. E Tifany experimentou isso em primeira mão. Uma queda dura numa competição iria marcar a sua vida para sempre.

No dia 9 de outubro de 2022, sofri uma queda terrível. Fiquei paralisado. Começou a luta mais difícil da minha vida, que ainda dura até hoje. Após o acidente, o cirurgião disse-me que provavelmente nunca mais voltaria a andar. Nunca quis acreditar nisso. E lutei mais do que em qualquer outra corrida.

A dedicação, a entrega, o empenho e o sacrifício que tinha posto no desporto passaram para outro nível. Mas desta vez era uma corrida diferente. Uma competição que eu nunca sabia quando iria terminar. Ou mesmo se alguma vez seria capaz de a terminar.

“Passei muito tempo no hospital e no centro de reabilitação. Tive de reaprender tudo. Andar, comer sozinha, tomar banho, escrever... Tudo! Felizmente, tinha o meu namorado, a minha família e os meus amigos. Eles ajudaram-me muito na minha recuperação.”

E é aí que entra em jogo tudo o que ela aprendeu no desporto. E todas as horas que passou a trabalhar o seu corpo e a sua mente. O desporto salvou-me. O facto de ser uma atleta de alta competição ajudou-me a recuperar fisicamente. E o desejo de voltar a praticar desporto ajudou a minha mente. Pensava nisso todos os dias.”

Finalmente chegou a primeira vitória nesta nova corrida. Voltar a andar. Poderia parecer que este era o objetivo desta competição, mas Tifany estava pronta para ir mais longe. Não se contentar com a primeira vitória. O objetivo seguinte era voltar a praticar desporto. E foi aí que entrou o ciclismo.

BH Bikes
Há muito tempo que não andava de bicicleta. Quando competia em patinagem, já andava de bicicleta. Sempre gostei de me desafiar numa bicicleta. Como parte do meu treino para o Short Track, fiz muitos contra-relógios na minha bicicleta. Sempre gostei disso. Ganhar a muitos gajos, conseguir os melhores tempos. Depois de voltar a andar pela primeira vez após o acidente, o primeiro desporto que pude praticar foi o ciclismo estacionário. Fiquei muito contente.”

Aqui, surgiram várias vantagens do ciclismo como desporto. É um desporto muito amigo dos músculos e do corpo em geral. Não é propenso a lesões ou desconforto físico: "O ciclismo já era um desporto de que eu gostava muito antes, por isso foi natural para mim escolher este desporto depois do acidente. Além disso, o ciclismo de estrada causa-me muito pouca dor em comparação com, por exemplo, a corrida."

Andar de bicicleta é uma sensação de liberdade.Gosto muito. Adoro estar ao ar livre,
desfrutar da natureza.

"Gosto muito de ciclismo de estrada. Faço um pouco de BTT mas não me sinto muito confortável, por isso, porque não experimentar o ciclismo de pista?"

Tifany Huot-Marchand em Spotify Spotify

De tal forma que, depois de ter atingido o novo objetivo de regressar ao desporto, já estabeleci um novo objetivo próprio. Desta vez, sob a forma de desafios em cima da bicicleta.

Este verão vou atravessar os Alpes de bicicleta. Vou fazer uma viagem de 11 dias. O percurso já está todo traçado.Estou ansiosa por esta aventura!